ENTREVISTAS E DEPOIMENTOS

 Depoimento de Dona Cida (Maria Aparecida Clemente, 61 anos) em sua casa na cidade de São Pedro - SP.

Enquanto os homens conversavam na sala, na cozinha as histórias de Dona Cida eram compartilhadas com a Dona Fátima Rodrigues da Silva, Tia Rosana Simões, Miriam da Silva, Lúcia Simões, Elisângela Pereira e Camila Shunyata.



Eu vou contar uma história “Senta que lá vem história”. (Risos das mulheres presentes, reunidas na mesa da cozinha de Dona Cida).


Eu era muito pequenininha, era eu e minha irmã, e minha mãe tinha uma maquininha que era assim (demonstra com mímica) “de mão”, não era nem a da de pé, era de mão. E a minha mãe ia fazer roupa pra nós. Então era aquele barulho da tesoura “cheq, cheq,cheq”, aquilo me chamava a atenção e eu ia pra cima dela. Ai quando eu chegava lá, eu catava a tesoura dela “sai daqui, menina enxerida” (risos) (...) E a minha irmã nem tchum, não. A minha irmã tava nem aí com a hora do Brasil e eu que ficava em cima. Que que minha mãe fazia? Ela dava uma agulha, uma linha e uma tesoura sem ponta e um pano, aí eu ficava fuçando naquilo, né? Aí eu costurava, descosturava, aí eu bordava, desbordava... Hoje tudo que eu tenho aqui eu que invento, eu que faço. A minha irmã não consegue fazer, pregar um botão. Então eu acho que isso aí vai muito da pessoa, do interesse. E a minha mãe xingava eu “sai daqui, menina enxerida!” (risos)


(pano de prato feito por Dona Cida)


 

Agora eu vou contar outra história pra vocês. Um dia desses eu sentei – pensa numa pessoa que quebra a cabeça pra fazer um troço que você sabia que sabe fazer?! Daí eu peguei um pano e eu queria fazer aquele ponto corrente. E eu sei, eu sabia que eu sabia aquele ponto corrente. Menina, eu fazia de um jeito não dava certo, eu fazia de outro e não dava certo, caramba, mas que coisa! Mas eu fazia, a mãe me ensinou...  Você acredita que eu quebrei tanto a cabeça, tanto a cabeça, que eu acabei fazendo um bordado igualzinho ao da minha mãe?!  A minha mãe... eu levei pra minha irmã ver, minha irmã “olha! Igualzinho ao bordado da mãe!”. Até os desenho da flor ficou igual. “Como você conseguiu essa proeza?”, eu disse “Vani, eu quebrei minha cabeça, era madrugada eu tava: desmancho e faço, desmancho e faço... até que eu consegui lembrar. Vá danado!” (risos)

 



(tolha feita por Dona Cida)


 

(...)

 

Eu vou contar uma história pra vocês. A minha vizinha chegou aqui e falou assim pra mim “Dona Cida...” Vou falar a história da colcha de retalho, né?... A minha vizinha chegou e falou assim pra mim “Dona Cida, a igreja ganhou um caminhão de retalho pra gente fazer colcha de retalho e vender no bazar” – que tava reformando a igreja aqui... a de São Pedro. Você viu como tá, Fátima? Sobe lá pra você ver, a igreja tá a coisa mais linda... Lá tem um monte de trabalho meu. Aí ela chegou aqui e falou assim pra mim “a senhora não quer ajudar a fazer a colcha de retalho?” daí eu falei “ah, Dona Zilda, eu não sei fazer isso...” “Ah, eu te explico...”, legal ,“Ah Dona Cida! Você vai emendando os pano e quando tiver do tamanho de uma colcha de solteiro ou de casal, daí a senhora faz a barrinha e a gente leva lá no bazar e vende que é pra arrecadar dinheiro pra construir a igreja.” Porque tinha que comprar porta, tinha que comprar banco, tinha que comprar o altar lá, nossa! Daí eu falei assim “Ah Dona Zilda, eu não sei fazer...” e ela: ”não, você vai emendando!” Aí eu falei “então traz lá, vai! Então traz lá um pouco, que eu vou tentar!”. Camila, nem te conto, comecei a fazer minhas colcha de retalho e a mulherada começou a fazer também, né? O que que elas faziam? A mulherada começou a emendar as colcha e era pedaço gigante, pedaço pequeno, pedaço pra cá, pedaço pra lá... e tavam vendendo no bazar a cinco reais na época, cada colcha. E eu comecei a fazer as minhas. Elisangela, eu fiz umas trezentas e cinquenta colcha! (reação das mulheres presentes: “Meu Deus!”).  Mas as minhas colcha ficou tão lindas que as vizinha compraram as colcha. Eles vendiam a cinco reais e eu vendia as minhas a trinta e cinco. A trinta e cinco! Nunca tive um cano.

 



(Dona Cida e Elisangela Pereira)

 

Aí, aí né... vieram trazer uma máquina aqui pra mim... trouxeram uma máquina semi-industrial e uma máquina ‘tec,tec,tec’, daí eu olhei naquilo... e o Zé Mauro (seu marido) tava me enchendo o saco, que ele falava que eu tava trabalhando de graça, que eu tava gastando força, que eu ficava horas... (as mulheres começam a rir, reagir). Não, porque homem tem esse problema. Homem é tudo igual, só muda o endereço e o sobrenome, só... E ele começou a falar que eu tava trabalhando de graça pras pessoas, que eu não tava ganhando nada daquilo e que eu tinha que parar com aquilo que a força dele tava indo pro... (gargalhadas da mulherada). Conversei com Deus. Chamei Deus e falei “Senhor, cê tá vendo, eu quero ajudar, mas olha o marido que você me deu, ó!” (gargalhadas) “Ele tá só reclamando que eu tô gastando a força” -  porque  a minha máquina mesmo era de zig-zag, aquelas Singer de zig-zag que tem aquele motor, né? Eu tava usando ela. Daí eu falava “Cê tá vendo, Senhor? Olha aí, ó o que tá acontecendo! Tá vendo quanta coisa que ele fala na minha cabeça? O Senhor dá um jeito, porque eu não tô trabalhando de graça!” Porque Deus dá o ar, dá o tempo, dá os olhos pra gente, dá a chuva, dá o lugar que a gente mora... olha tudo aí que Deus dá pra gente e não cobra nada (fala apontando o horizonte da janela da cozinha)... a gente tem que fazer alguma coisa. E a casa de Deus tem que ser construída. E quem vai construir? É o homem que tá aqui? E pra construir? Precisa de dinheiro, e alguém tem que ajudar e eu tô ajudando!

 

 



Foi uma semana, Eli! Bateu aí no portão, Camila, uma caminhonete com duas máquinas... É incrível! É o poder de Deus na vida da gente! Com duas máquinas. Uma “pec, pec,pec” de pezinho e uma semi-industrial com o motor deste tamanho (faz mímica), que era pra mim escolher as máquinas semi-nova, que era só eu encostar o joelho e ela fuuuu, ia embora... Eu quando olhei aquilo, eu falei “não, eu vou querer essa aqui do pezinho”. “Mas, Dona Cida, como você vai querer esta máquina do pezinho com essa semi-industrial? Essa daqui vai muito mais rápido!”. Eu falei “não, eu quero a do pezinho, eu vou ficar com a do pezinho!” (gargalhadas). “Bom, mas Dona Cida, esta daqui é semi-industrial, é nova...o seu trabalho vai render muito!” Eu falei “não, eu prefiro ir devagar com esta aqui”.

 



 

Desceram a maquininha aí pra mim. Aí sabe o que aconteceu, Miriam? Eu “pec, pec, pec” trabalhando, fazendo minhas colchas, emendando, aí ele (o marido) não podia falar nada porque eu não tava gastando a força dele, que eu costurava com a luz do dia... Eu costurava com a luz do dia que Deus me deu! Quando escurecia, eu fechava lá, parava “bom, acabou a luz”. Se ele vinha falar alguma coisa, “não, eu não estou gastando o seu dinheiro, não estou gastando a sua força, não estou gastando os seus panos, não é a sua linha, não é nada seu, então, eu vou”. E eu fui, Li, eu fiz mais de trezentos e cinquenta colcha, uma mais linda que a outra, no pezinho. Quando terminou os retalho, que eu terminei de fazer as colcha, o Padre veio em casa, benzeu a minha casa e ainda me deu a máquina de presente. (Reação das mulheres: “olha!”) Que era pra mim devolver pra igreja... e com essa máquina, Rosana, cê tem que ver o quanto eu já ganhei de dinheiro fazendo os meus tapete, fazendo pano de prato, fazendo puxa-saco, fazendo... concertando... Tapete de biquinho, nossa! Eu fiz cada um que ficou um mais lindo que o outro e tudo criação da minha cabeça, Rosana! Tudo eu que fico lá e ó... eu que vou bolando. Então, às vezes ele quer me encher o saco, quer me podar, ele não quer ver eu lá fora... (gargalhadas: “Tá com ciúmes da costura!”) Mas eu vou pra lá, é uma delícia ficar lá... Depois eu vou te levar lá pra você ver (se refere à sua salinha de costura).

Gostou da história? Eu não sei costurar, não sou costureira, eu gosto de inventar as coisas.



Entrevista concedida a Camila Shunyata no dia 06 de julho de 2014.



Poema Fiandeiras

  



de Neimar Pereira



Neimar Pereira e sua tia Rita

Fiandeiras
 tece o fio
 fio da memória
 de nossas vidas
 das nossas relações
 da nossa maternidade
 das nossas avós
 das nossas relações
da nossa continuação
 do nosso amor


Fiandeiras
tece o fio
fio da vida
a cada laço
a cada costura
a cada arte
nessa conjuntura
se faz verdade
a nossa estrutura
e mais firme
a nossa ligação

Fiandeiras
a cada ponto
um conto
a cada conto
uma dedicação
a cada dedicação
novo aprendizado
a cada aprendizado
um novo ser.

Que os fios dessa vida
te unam
com tudo o que é mais belo
mais sincero
mais materno
nessa arte
tão querida
nessa vida
tão amiga
nessa alegria
de fiar
caminhar
e estar.


O presente das Fiandeiras


 

Depoimento de Renato Moreno de Senna
Maio de 2014




          Sentei, me acomodei no meu lugar. Na sala umas quarenta pessoas, na maioria jovens, ruidosamente também se acomodavam, sem saber ao certo o que de fato iriam assistir.

Começa a encenação e enquanto as fiandeiras cantam, o ruído ainda é grande e incômodo, mas, ao surgirem as primeiras falas o silêncio vai se instalando gradativamente. A magia do teatro consegue fazer os olhos acreditarem não estar mais olhando para uma antiga sala de aula. Olham e vêem agora uma casa simples onde três velhas fiam e contam histórias.


Sentado na minha cadeira está o meu corpo, mas eu não estou mais lá. Lá está um menino de doze anos que, por um capricho do destino, esteve nessa mesma sala quase quarenta anos antes, tentando aprender a fazer o mesmo que aquelas três mulheres. Teatro.


Ensaiávamos à tardinha. A peça chamava-se O Circo de Bonecos. Não lembro mais quantos éramos. Lembro da professora, dona Maria Eglantina, tentando fazer com que interpretássemos e, em meio à bagunça que fazíamos, sem qualquer vergonha, vinha a ordem para começar a interpretação, e a vergonha voltava. Ficávamos tímidos repentinamente. Não lembrávamos o texto, lido e repassado à exaustão.


Meu personagem? Um leão. Lembro que tinha de rugir. O rugido não saía. Outro menino fazia um domador e tinha de fustigar o leão. Quando dona Eglantina não estava olhando, o leão apanhava de verdade e em vez de rugir, xingava o domador.


- O que é isso? Dizia ela...


O menino então foge, volta para uma sala que ficou lá atrás, no tempo.


Eu volto à cadeira e olho com mais admiração ainda o trabalho das três mulheres, agora agradecido porque trouxeram com elas um menino que há muito tempo eu não via.
 


Entrevista com Fiandeira

Nome: Délia Colosso


Idade: 90 anos


Local de origem: Itapira, São Paulo



Délia Colosso, década de 1940
(arquivo pessoal)
 
P - Dentre todas as atividades ligadas à fiação (trabalho com lã, linhas, agulhas, tear, corte e costura, etc) a quais a senhora se dedica ou se dedicou?
R – Eu sempre gostei de bordar. Eu, minhas irmãs e minhas primas. Naquele tempo [de minha juventude] todas as moças sabiam bordar. E eu também sempre costurei. Mas nunca aprendi a fazer tricô nem crochê. Eu queria muito, mas não aprendi. Acho que minha mão era grosseira, por isso não consegui.
 
P – Quem ensinou a senhora bordado?
R – Aprendi vendo minha tia Domingas e minhas primas Antonieta e Maria, na Fazenda São Bento, em Itapira [cidade do estado de São Paulo, onde ela nasceu e cresceu]. Daí a gente treinava e, quando via, já estava bordando. Minha irmã Cida, que era a melhor bordadeira de todas, aprendeu na escola [da fazenda], com a professora. A gente não tinha dinheiro pra comprar linha e pano, então a professora dava panos de pratos pras alunas bordarem e depois pegava pra ela.

 

Fazenda São Joaquim, em Itapira, dentre as quais a família Colosso morou

(arquivo pessoal)


 P – Vocês bordavam e costuravam quando? Em que momento do dia? Pergunto isso porque na roça a rotina é muito pesada.


R – Sempre que sobrava uma horinha a gente corria bordar. Sentávamos no chão mesmo, na soleira da porta, ou em algum banco, porque tinha mais luz e espaço à nossa volta pra pegar tesoura, linha. A máquina de costura ficava perto da janela. Quando eu terminava o serviço da casa, ia costurar um pouco.


P – Vocês moravam na fazenda, então, onde compravam os materiais para bordar e costurar?


R – Comprávamos em Itapira, no centro da cidade, porque na vila mais perto [Eleutério] não tinha loja. Éramos freguesas da Loja da Elza, que vendia roupa, mas era armarinho também e vendia material de pintura, bordado, tecidos para costura. Na porta da loja ficavam os riscos de bordado: folhas grandes de papel com desenhos. Chegávamos em casa e copiávamos os riscos com papel carbono em outro papel, para não rasgar o original. Guardávamos em uma caixa de chapéu, grande e oval. No jornal também vinha muitos riscos e modelos para costurar.

Risco de bordado do Jornal das Moças
(imagem: internet)
 P – E costurar? Com quem a senhora aprendeu?
R – Olhando os outros também. Se falasse em ir aprender, os pais batiam na gente. E eu não sabia ler nem escrever, como eu podia fazer um curso na escola? Teria de fazer conta, ler os moldes. Aprendi sozinha, olhando e imaginando.
 P – Do que a senhora gostava de costurar mais?
 
R – O que eu mais gostava de fazer eram as roupas das crianças. Eram mais rápidas. Me encarregava desde a roupa de usar em casa até os uniformes escolares, roupas de sair. Minhas irmãs bordaram o enxoval que eu costurei, porque só eu mexia na máquina, minha mãe não deixava ninguém mexer. Mas eu fazia também vestidos de noiva. Fiz uma porção, e alguns para minhas irmãs.
  Yolanda Colosso, usa vestido confeccionado pela irmã, década de 1940
(foto: arquivo pessoal)
 
Therezinha Colosso, em seu casamento com Calixto Ferreira, 1953
(foto: arquivo pessoal)


Maria Helena Colosso em seu casamento com Dirceu de Oliveira, 1954
(arquivo pessoal)
P – A senhora ganhava dinheiro costurando?
R – Não. Na fazenda, costumava-se dar coisas em troca de costura, porque ninguém tinha dinheiro sobrando. Então eu ganhei muitos ovos. Era o que eu mais ganhava.
P – E os bordados? De quais pontos de bordado a senhora se lembra?
R – Ponto haste, pé de galinha, ponto português, ponto cheio. Tem o rococó, que eu bordava meias e roupinhas de criança. Ponto correntinha, ajour, richelieu, caseado. Ponto atrás. Ponto cadeia, ponto matiz.
 
 
Caminho de mesa em ponto cheio, ponto haste e bordado com cadarço
Caminho de mesa em ponto haste, ponto matiz e aplicação, com barrado em ponto ajour



Caminho de mesa em bordado richelieu

 



Guardanapo em ponto haste e ponto matiz, com barrado em ponto ajour

 P – E hoje? A senhora ainda costura ou borda?

R – Muito mal. Costurar, não costuro mais. Bordar, bordo um pouco, de vez em quando. Depois que eu fiquei doente [teve um AVC há cerca de oito anos], a mão não obedece mais e eu esqueci alguns pontos. Também faço tear, mas preciso de ajuda.

Pano de copa em ponto correntinha


P – A senhora tem saudade do tempo em que bordava e costurava?


R – Sim, porque era um jeito de ajudar os outros e ajudar em casa, porque se economizava em roupa. Era um tempo muito difícil. Eu vendia galinha e ovos para comprar as linhas com que eu bordava, os panos pra costurar. E ninguém jogava roupa fora, remendava, reformava, fazia cobertor, depois fazia tapete. Uma sobrinha de pano a gente guardava, porque ia servir pra alguma coisa. Mas hoje também é bom, tem tudo pronto!


 (Entrevista concedida a Adélia Nicolete em maio de 2014)





 


 

 

 

 

 






10 comentários:

  1. Boa tarde! vamos pegando esse fio soltinho e vamos prosear um tanto! Que delícia! que gostoso ler esta primeira entrevista! Eu adoro saber a origem das coisas, dos fatos e me importa muito essa homenagem à alma das mãos que tecem, bordam e lidam com esses fios e linhas no mundo! Que gostoso ler a entrevista de D. Délia (!!) e saber que por ela muito aprendizado das linhas está chegando até nós. Eu tenho sorte, eu tenho um bordadinho dela num cantinho da cozinha em homenagem às Fias Ancestrais. Tá ali para olhar e responder pra quem perguntar: - sim eu ganhei! junto com mais um e mais outro vindos por amor até mim. Fico feliz de poder acompanhar esse grupo, que prezo tanto, por ter esse cuidado com a memória das coisas, por inteirar histórias e por fazer pontos nem sempre segredos dessas vivências importantes em nossas vidas. Uma porção de pontos de amor <3 pra vocês e sigam lidando com os fios, linhas e depois da prosa uma pausa pro cafezinho!! Felizes dias e que mais depoimentos\ entrevistas venham. até breve! Elaine

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  2. Elaine, que bom saber que a entrevista te tocou de uma forma tão boa. Sinta-se à vontade para usar esse espaço. Ele existe pra registrar essa prática quase invisível das mãos. Fale de você, de alguém que você conheça, de alguma artista que você goste, uma lembrança, uma homenagem. Venha! Escreva! Borde o blog com um texto seu! Beijos!

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  3. Que depoimento bonito do Renato Moreno de Senna! acho que esse "fiandar" remexe com nossas memórias-lembranças-esquecidos: verdadeiramente. Rememorar atualiza a vida, os objetivos, mas principalmente a certeza de ter vivido! Um abraço carinhoso, Elaine

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  4. Conforme ela ia respondendo as perguntas, eu ficava imaginando como era no seu tempo...que delicia...adorei!!! beijinhos

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    1. Que bom que curtiu, Laurinha. A ideia é essa mesma: provocar imagens, transportar o leitor pra um tempo outro. Inspire-se e mande um texto seu. Estamos esperando! beijos!

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  5. Para o poema Fiandeiras de autoria do Neimar: é tão raro ver alguém jovem, que consiga em poucas palavras dizer algo poético com delicadeza de alma para tratar a delicadeza que a vida nos oferece! Belo trançado de palavras! as fiandeiras da alma agradecem!

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    1. Obrigado Elaine! Minha alegria foi ver pessoas tão queridas, como: Roberta, Camila, Patricia, Vivian , Angela, Adélia, Sergio Pires, Anderson, pessoas tão amáveis , que contam nossa história, refletindo o que eles são, Carinhosos , Amorosos, Sonhadores, Buscadores,Trabalhadores, Artistas, Com olhar Materno nos olhos, Que buscam ser pessoas melhores , e fazem história , contando sua história , e vivendo, do melhor jeito. Um abraço a essa pessoas fiandeiras da vida, que bordam a arte de viver e nos marcam momentos inesquecíveis. Abraço Elaine.

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  6. Adorei a entrevista, com a Délia Colosso, que gostoso, que meigo, e que delícia, Sua história de costureira e fiandeira, daquelas que marcam o século passado, pela forma singela e pura que viver, em que se aprendia de ver e de fazer as coisas por troca, e não por dinheiro, a de se fazer vestidos de noivas, e de apresentar uma pessoa linda que tem muito a dizer e no ensinar pela sua vida. Adorei a entrevista, que as fiandeiras consigam mais depoimentos como esse que nos deixam emocionados e maravilhados com a beleza de fiar e viver.

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  7. Olá Fias: esse post é para a Dona Cida: que maravilha de depoimento! me emocionei, ri muito também com sua fala! Sempre penso na força que une a mulherada guerreira - essa espiritualidade bonita que o feminino traz em si: com energia ou com a força - mas a luz sempre manifestada! Tão bom saber que há gente que faz por maior ou menor que seja a nobre causa defendida, ponto por ponto, fio por fio, ou 350 colchas!! (misericórdia!!) a criatividade age por nós de maneira misteriosa, assim como as belezas que Deus dá "degratis" pra gente! E para essa mulherada sempre há tempo de olhar pela janela e bendizer a Criação! Vida longa e próspera para D. Cida e para sua máquina de pezinho! sempre bom ouvir histórias e contar causos entre um clec e outro! beijos pra todas as fias ancestrais no mundo! Elaine

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  8. Cada entrevista, cada reflexão é um presente! Que continuemos encontrando as fias que constroem o fio com tanto amor.

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